Ah, o meu sobrinho...

João Gabriel, um ano e oito meses, a alegria maior da minha vida. Parece comigo. Na rua, às vezes me perguntam se é meu filho. Eu quase morro de tanto orgulho.
Desde que voltei a trabalhar, ainda não o vi. Ontem mesmo, passou o dia em casa. Mamãe me contou que ele entrou no meu quarto chamando "titia". Pegou o telefone e falou "Pepê". Na sua cabecinha, meu telefone só liga para o meu namorado - que ele adora. Nos outros aparelhos ele conversa com "papai", "mamãe", "vovô" e "bibi". Para ele, que passa o dia com a bisavó, toda e qualquer avó se chama "bibi". Mamãe fica triste porque ele não fala vovó.
Como está lindo. Faz pose para fotos quando a titia pede. Esconde o rostinho para se esconder e fazer charme. Dá gargalhada quando corremos para pegá-lo. Pede "mais" quando gosta de alguma brincadeira. Adora passear por Icaraí com os avós e aponta para a praia assim que sai do prédio. Manda beijo estalado por telefone, mas custa a dar um pessoalmente. Adora o meu bonequinho velho que dá beijinho. Gosta de espalhar os milhares de brinquedinhos que ficam no quarto que era de seu papai pela casa. Grita gol quando vê uma bola ou o símbolo do Vasco.