Lameblogadas

quinta-feira, outubro 16, 2003

A falta que faz



"Conto de areia" (Romildo Bastos e Tominho)

É água no mar, é maré cheia ô
Mareia oi, mareia, é água no mar
Contam que toda tristeza que vem da Bahia
nasceu de uns olhos morenos molhados de mar
Não sei se é conto de areia ou se é fantasia,
que a luz da candeia alumia prá gente contar
Um dia a morena enfeitada de rosas e rendas
abriu seu sorriso de moça e pediu prá dançar
A noite emprestou as estrelas bordadas de prata
E as águas de Amaralina eram gotas de luar
Era um peito só, cheio de promessa era só
Era um peito só, cheio de promessa era só
Quem foi que mandou o seu amor se fazer de canoeiro
E o vento que rola nas palmas arrasta o veleiro,
e leva pro meio das águas de Iemanjá
E o mestre valente vagueia olhando prá areia sem poder chegar
Adeus, amor adeus, meu amor não me espera,
porque eu já vou me embora
Pro reino que esconde os tesouros de minha senhora
Desfila colares e conchas prá vida passar
E deixa de olhar pros veleiros,
adeus meu amor eu não vou mais voltar
Foi Beira-Mar, foi Beira-Mar quem chamou
Foi Beira-Mar, ê, foi Beira-Mar