Sempre me emociono quando subo a rampa sobre o aterro, que me leva a um dos meus cantos preferidos do Rio: o Museu de Arte Moderna.
Passei horas inesquecíveis ali, entre arquivos e filmes, fotos de Glauber, cheiro de filme sendo tratado, ar gelado da Cinemateca, vento frio e quente das manhãs de sexta e a desconcertante incerteza das quintas.
No intervalo dos filmes, a dúvida sobre o futuro. Cinema, jornalismo, letras? Os últimos seis meses de orgia intelectual antes do emprego que me impediria de visitá-lo tanto em tão variadas horas.
Entre uma coluna e outra, contemplação. Pássaro morto no caminho. Livros e jornais por serem lidos. Felicidade e amargura, tudo misturado.
No sábado, voltei ao MAM, lugar que marcou o tempo de descobertas. De um Rio moderno, velho, abandonado e deslumbrante. De um amor que morreria, não sem antes fazer sofrer o último átomo agonizante.
Espaço vazio. Vento. Tristeza. O futuro agora se vislumbra dali.
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