Da lista de poesia enviada semanalmente pelo amigo Henrique Rodrigues, um poema que me vem à mente em dias de discussão com os amigos sobre a vida e seus propósitos. O poema é do "Silêncio e Palavra", primeiro livro de Thiago de Mello, publicado em 1951.
RUMO
Somente sou quando em verso.
Minhas faces mais diversas
são labirintos antigos
que me confundem e perdem.
Meu pensamento perfura
muros de nada, à procura
do que não fui nem serei.
Ante a carne fêmea e branca
meu corpo se recompõe
ofertando o que não sou.
Meu caminhar e meus gestos
mal e apenas anunciam
minha ainda permanência.
Para chegar até onde
Não me presumo, mas sou,
sigo em forma de palavra.
RUMO
Somente sou quando em verso.
Minhas faces mais diversas
são labirintos antigos
que me confundem e perdem.
Meu pensamento perfura
muros de nada, à procura
do que não fui nem serei.
Ante a carne fêmea e branca
meu corpo se recompõe
ofertando o que não sou.
Meu caminhar e meus gestos
mal e apenas anunciam
minha ainda permanência.
Para chegar até onde
Não me presumo, mas sou,
sigo em forma de palavra.
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