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Arnaldo Jabor esteve agora há pouco aqui no Globo. Ele é uma figura polêmica. Causou logo uma pequena discussão no fumódromo. As questões que vêm à tona nessas horas são sempre as mesmas: ele escreve para a platéia, fez filme com dinheiro do governo, é megalômano, não tem um texto tão bom, prefiro a coluna do Dapieve, é muito boa sua participação no Jornal Nacional, no Manhattan Connections nem se fala.
Pois pra mim ele tem um dos melhores textos. Sou fã de sua coluna, principalmente quando o assunto é cinema, amor como revolução sexual na década de 60, Glauber Rocha, o fracasso ideológico da sua geração e a falta de um sonho para a nossa. É dele um dos mais bonitos textos sobre a estréia de Deus o diabo no cinema. Eu não tenho esse texto, mas já o li várias vezes na livraria. Ele está publicado num livro editado pela Folha de São Paulo sobre os 100 anos do cinema.
Sem falar nos filmes. Toda nudez será castigada é uma grande adaptação de Nelson Rodrigues. Dos dele, é o meu predileto. Mas gosto muito de Eu sei que vou te amar e Opinião Pública também. Ah, há pouco tempo descobri que o ator Paulo Porto, que dividiu a cena de Toda nudez com Darlene Glória, é irmão da vovó Gylce.
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