Num certo dia triste de maio de 1994, despedi-me da Fórmula-1. O esporte que acompanhara com a avidez de uma apaixonada subitamente perdeu o sentido na curva Tamburello, autódromo de Ímola, GP de San Marino. Resisti durante muito tempo a assistir de novo às corridas. Por obrigação profissional, acabei voltando ao circo.
Os verdadeiros aficionados por certos esportes não distinguem a nacionalidade dos competidores. Direto ao ponto: eu gosto de ver o Schumacher correr, independente dele ser alemão e pretensioso. Portanto, o que eu vi ontem no GP da Áustria não tem explicação: Schummy não precisa de subterfúgios para vencer nem depende de uma decisão corporativa para tal. Para mim, foi traumatizante ver Rubinho tirar o pé do acelerador enquanto o outro piloto da Ferrari recebia injustamente a bandeirada. Emoção contida, música da vitória emperrada, grito preso na garganta. Tudo bem, um pouquinho de nacionalismo não faz mal a ninguém, ainda mais a uma pessoa que se acostumou a ver, repetidas vezes, a bandeira brasileira tremular no alto do pódio, na época de Ayrton Senna.
Ele, que sempre sonhou em correr pela Ferrari, faria uma parceria perfeita com o carrinho vermelho. Os dois têm em comum a propensão da vitória. Eis o que eu queria dizer hoje: falta em Rubens Barrichelllo o que sobrava em Ayrton Senna: a determinação de vencer. Uma vez, Senna foi obrigado pela equipe McLaren a ceder a bandeirada a Gerard Berger, o companheiro que o ajudara, neutralizando os adversários durante a corrida. Como esquecer o grito de Galvão Bueno: "eu sabia, eu sabia. Senna deixa Berger passar." Ora, ora, o próprio Senna reconheceu que a atitude não foi uma idéia sua, ele que lutava também pelo recorde de vitórias na Fórmula-1. Naquela ocasião, estávamos, os brasileiros, do lado bom da moeda. Ontem, foi duro.
Aceitar deixar o Schumacher passar, vá lá. Como o próprio Rubinho afirmou, na entrevista coletiva depois da corrida, ele acabou de assinar um contrato de dois anos com a escuderia que, presumo, deve prever este tipo de atitude. Mas, aceitar subir no lugar mais alto do pódio e levar para casa o troféu da vitória como recompensa levou-me a acreditar que Rubinho é um homem sem personalidade. Pior, é um péssimo exemplo de submissão. Para qualquer profissional.
Os verdadeiros aficionados por certos esportes não distinguem a nacionalidade dos competidores. Direto ao ponto: eu gosto de ver o Schumacher correr, independente dele ser alemão e pretensioso. Portanto, o que eu vi ontem no GP da Áustria não tem explicação: Schummy não precisa de subterfúgios para vencer nem depende de uma decisão corporativa para tal. Para mim, foi traumatizante ver Rubinho tirar o pé do acelerador enquanto o outro piloto da Ferrari recebia injustamente a bandeirada. Emoção contida, música da vitória emperrada, grito preso na garganta. Tudo bem, um pouquinho de nacionalismo não faz mal a ninguém, ainda mais a uma pessoa que se acostumou a ver, repetidas vezes, a bandeira brasileira tremular no alto do pódio, na época de Ayrton Senna.
Ele, que sempre sonhou em correr pela Ferrari, faria uma parceria perfeita com o carrinho vermelho. Os dois têm em comum a propensão da vitória. Eis o que eu queria dizer hoje: falta em Rubens Barrichelllo o que sobrava em Ayrton Senna: a determinação de vencer. Uma vez, Senna foi obrigado pela equipe McLaren a ceder a bandeirada a Gerard Berger, o companheiro que o ajudara, neutralizando os adversários durante a corrida. Como esquecer o grito de Galvão Bueno: "eu sabia, eu sabia. Senna deixa Berger passar." Ora, ora, o próprio Senna reconheceu que a atitude não foi uma idéia sua, ele que lutava também pelo recorde de vitórias na Fórmula-1. Naquela ocasião, estávamos, os brasileiros, do lado bom da moeda. Ontem, foi duro.
Aceitar deixar o Schumacher passar, vá lá. Como o próprio Rubinho afirmou, na entrevista coletiva depois da corrida, ele acabou de assinar um contrato de dois anos com a escuderia que, presumo, deve prever este tipo de atitude. Mas, aceitar subir no lugar mais alto do pódio e levar para casa o troféu da vitória como recompensa levou-me a acreditar que Rubinho é um homem sem personalidade. Pior, é um péssimo exemplo de submissão. Para qualquer profissional.
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