A primeira música que ouvi hoje de manhã, ao vir para o jornal, foi "Tarde em Itapoã", de Vinícius e Toquinho. Ela é dessas canções que me traz bons fluidos, de um tempo feliz e sem compromisso da adolescência.
Hoje o Poetinha faria 90 anos se estivesse entre nós. Por falar nele, meu amor vai cantá-lo na próxima terça-feira no CCC. Minha mesa já está reservada.
Tarde em Itapoã
Um velho calção de banho, um dia pra vadiar
Um mar que não tem tamanho, e um arco-íris no ar
Depois, na praça Caymmi, sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime, beber uma água de côco
É bom passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvindo o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvindo o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
Enquanto o mar inaugura, um verde novinho em folha
Argumentar com doçura, com uma cachaça de rolha
E com olhar esquecido, no encontro de céu e mar
Bem devagar ir sentindo, a terra toda a rodar
É bom passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvindo o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvindo o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
Depois sentir o arrepio, do vento que a noite traz
E o diz-que-diz-que macio, que brota dos coqueirais
E nos espaços serenos, sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços morenos, da lua de Itapoã
É bom passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvindo o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvindo o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
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