Foi uma chuva que passou em nossas vidas...
Misturar as lágrimas do rosto à água que vem do céu, ouvindo sambas como o postado aí embaixo, olhando para o lado e vendo amigos especiais molhados dos pés à cabeça, mas com o sorriso de alma lavada no rosto.
Essa experiência, a de assistir a um show do Paulinho da Viola na praia e debaixo de chuva, deveria acontecer pelo menos uma vez na vida de cada pessoa.
Timoneiro
(Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho)
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
É ele quem me navega
Como nem fosse levar
É ele quem me navega
Como nem fosse levar
E quanto mais remo mais rezo
Pra nunca mais se acabar
Essa viagem que faz
O mar em torno do mar
Meu velho um dia falou
Com seu jeito de avisar:
- Olha, o mar não tem cabelos
Que a gente possa agarrar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
É ele quem me navega
Como nem fosse levar
É ele quem me navega
Como nem fosse levar
Timoneiro nunca fui
Que eu não sou de velejar
O leme da minha vida
Deus é quem faz governar
E quando alguém me pergunta
Como se faz pra nadar
Explico que eu não navego
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
É ele quem me navega
Como nem fosse levar
É ele quem me navega
Como nem fosse levar
A rede do meu destino
Parece a de um pescador
Quando retorna vazia
Vem carregada de dor
Vivo num redemoinho
Deus bem sabe o que ele faz
A onda que me carrega
Ela mesma é quem me traz
P.S. Esse post e todas as lágrimas que eu derramar a partir de hoje - e para sempre - são em homenagem ao meu pai.
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