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domingo, junho 10, 2007



Não basta ganhar, tem que ter pinta de campeão!

Lewis Hamilton tinha três anos quando Ayrton Senna da Silva foi campeão do mundo pela primeira vez, depois de vencer o inesquecível GP de Suzuka, no Japão, em 1988 (Senna era pole, caiu para a 16ª posição, mas ainda na primeira volta conseguiu ultrapassar seis pilotos! O resto é história). O inglês já era piloto de kart, com apenas nove anos, quando Senna, na curva Tamburello, etc. Mesmo assim, o mais novo vencedor de uma corrida na Fórmula-1 tem Ayrton como seu piloto preferido.

Se ele não fosse tão bom piloto, não tivesse subido no pódio em todas as seis primeiras corridas que disputou na Fórmula-1, não estivesse liderando o campeonato, sendo o primeiro negro na categoria, não tivesse o GP de Mônaco como seu preferido (não deve ser coincidência o fato de Senna ter vencido justamente lá tantas vezes...), não corresse pela equipe que projetou Ayrton, não tivesse sendo tratado como o mais novo fenômeno das pistas, se não fosse nada disso, mesmo assim eu torceria por ele. Diz-me quem admiras que eu te direi quem és...

Numa entrevista reproduzida pelo site da Globo.com, ele diz sobre Ayrton: "Eu lembro de vê-lo correr quando eu era um garoto. Eu ficava hipnotizado. Ele era fantástico, dentro e fora do carro." Na pergunta sobre a importância de Michael Schumacher para a F-1, silêncio. "O piloto não respondeu a esta pergunta." Meu novo ídolo, claro!!!!!!!

E ainda tem todo o resto. Ele é a grande surpresa da Fórmula-1 em 2007. Azar o de Alonso, que esperava um novo Fisichella na McLaren. Sorte a de quem gosta de corridas, admira o esporte e se cansou de assistir à era monotemática de Schumacher. Vem aí um novo campeão? Pinta para isso, ele tem. Como Senna, que não se conformou nunca em ser o segundo piloto de Prost, e deu uma dor de cabeça danada ao Ron Dennis, Hamilton começa a fazer o chefão da McLaren a reviver outra grande rivalidade em sua equipe.

A admiração por Senna não é pouca coisa. Hamilton mostra a que veio quando diz que não quer ser um novo Rubinho na Fórmula-1. E não dá a menor bola para a birra do espanhol, que hoje errou quatro vezes na mesma curva. Numa delas, entrou na frente do inglês e, por pouco, não provoca a primeira batida do GP de Montreal, no Canadá (que teve a triste nota do acidente com Kubica).

Com Hamilton, vamos começar tudo de novo: ler os sites, as notícias, acordar cedo nos domingos de corrida na Europa, e torcer para voltar a ver grandes espetáculos, mas protagonizados por mais de um piloto. Hamilton é bom, e ainda temos Alonso e Massinha, que prometem promover com ele a melhor briga por títulos dos últimos tempos.

Só que Massinha e a Ferrari que me desculpem. Por causa do Senna, meu coração é mais McLaren. E minha torcida vai ser pelo Hamilton.

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