Meu amor e respeito pela Mangueira (sou Portela, obrigatória ressalva) se deve a Cartola, um dos seus mais importantes compositores. Já contei aqui da minha admiração intensa por ele, hoje volto ao assunto para falar da estréia, no CCBB, da peça "Obrigado, Cartola".
Uma amiga aqui do jornal, a Virgínia, que já teve o privilégio de assistir, se derramou em elogios. Só achou meio "over" os figurinos. Vou lá hoje conferir e, além dos atores e do cenário, prestarei muita atenção nos músicos Lucas Porto e Nilze Carvalho. "Ela está linda de verde e rosa, um amor", disse Virgínia.
Uma das músicas de Cartola que mais gosto, e que me faz lembrar do amigo Sidney, que a cantarolava nos dias de labuta na Cajá:
O mundo é um moinho
Ainda é cedo amor, mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Presta atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
E em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés
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