Lameblogadas

domingo, março 14, 2004



A falta que ele faz II

O campeonato de 2004 de Fórmula-1 já começou e evidenciou o que, para mim, é uma das maiores tristezas desse esporte nos últimos anos: a ausência do único piloto que seria capaz de rivalizar com Schumacher. Já se foram 10 anos de sua partida, mas a dor continua a mesma, a julgar pelas lágrimas de soluçar derramadas ontem, ao ver sua imagem no Jornal Nacional.

Deixei de assistir ao circo, voltei a me emocionar com ele, mas a paixão pela figura de Ayrton Senna continua intocável, embora guardada. Demorei anos para conseguir ouvir o ronco dos motores novamente, sem chorar e sofrer na alma a dor da perda. Só quem é fã - os apaixonados hão de entender - sabe o sofrimento que é acordar no domingo e não ter mais para quem torcer.

Conservá-lo nas fitas das inesquecíveis vitórias, nas revistas e jornais, nos pôsteres de campeonatos e textos adolescentes é a maneira de mantê-lo vivo na memória. Voltar a assistir às corridas é reafirmar o amor pelo esporte, que não poderia ter morrido numa curva chamada Tamburello.

NOTA: No próximo domingo, 21, ele comemoraria 44 anos.