A propósito da matéria de capa hoje do Prosa e Verso, do Paulo Thiago, me lembrei de um antigo post, originalmente uma anotação perdida dentro de um livro... dizia mais ou menos assim:
"...eu lia contos do Pirandello e do Poe. Adormeci com o cheiro de papel velho que exalava do livro antigo e acordei com ele ao meu lado, amassado.
Talvez ele seja minha última companhia, o livro. Meu sonho é morar numa biblioteca e casar com os livros. A eles amarei incondicionalmente, sem cobranças, sem limites, sem abandono, sem dor..."
Continuo amando os livros, fazendo deles uma das minhas maiores companhias, meus bens mais preciosos, objetos que cuido como se fossem filhos - sentindo necessidade do cheiro, do toque, da presença física, enfim. Mas hoje já não quero morar só com eles. Meu desejo é dividir a minha "fazendinha" com outro, alguém que eu achava impossível encontrar. Um amor no qual não acreditava mais que pudesse aparecer. Um menino que se encaixa em todos os pré-requisitos que eu julgava até pouco tempo impossíveis de serem reunidos numa só pessoa. Quando juntarmos nossos livros, faremos uma grande biblioteca para deixar de herança...
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