Estrelas ao chão
"Minha vida era um palco iluminado/Eu vivia vestido de dourado/Palhaço das perdidas ilusões/Cheio dos guizos falsos de alegria/Andei cantando a minha fantasia/Entre aplausos febris dos corações."
Como estou com tempo hoje, já que meu trabalho se resume a esperar a entrevista do José Genoino ao Roda Viva para transcrevê-la aos leitores no segundo e terceiros clichês, queria dividir com meus leitores trechos da entrevista do senador Jefferson Peres (PDT), um dos integrantes da CPI dos Correios (ou das estatais, mensalão e outras histórias escabrosas), ao GLOBO. É velha, da semana retrasada, mas eu quero republicar assim mesmo.
"Hoje, no meio dessa grave crise, quando o presidente faz um teatro, aparecendo sempre risonho, falando de outros assuntos, de clubes de futebol, fazendo piadas, ele está passando a imagem de duas coisas: leviandade e alienação.
É claro que ele tem apego ao poder, sim. Talvez mais por esse lado charmoso do poder de falar freqüentemente, viajar, se sentir um líder internacional. Isso deve ter mexido com a cabeça de um homem de cabeça simples como o Lula. Creio que seria muito doloroso para ele não continuar no poder por isso. Tudo indica que ele não gosta de operar o governo, de examinar problemas, de decidir, ele gosta é do palco iluminado.
Lula não é um patrimonialista, que tire proveito do poder em termos de enriquecimento ilícito pessoal, não tenho dúvida. Mas não tem espírito republicano, no sentido de que a Presidência da República é uma instituição, que deve ser exercida com impessoalidade. Ele acha que pode beneficiar amigos e correligionários, distribuir benesses. Ele não tem espírito republicano, talvez por falta de formação. É um homem muito obscuro. Pode me chamar de preconceituoso, mas sua formação intelectual limitada contribui para isso."
OBSERVAÇÃO: Hoje acordei mais pessimista que nunca.
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