Lameblogadas

sexta-feira, setembro 27, 2002


É fogo!

Sexta-feira, redação do Globo, 22h25. O alarme de incêndio do prédio já tocou quatro vezes. Não bastasse eu ter que ficar aqui para ver uma entrevista do Serra na Rede TV, ainda tenho que ouvir esse barulho infernal. Droga!


Amigos, visitem o blog do Pedro. É no http://dropsland.blogspot.com.


Lula é Vasco

Os flamenguistas que me desculpem, mas Lulinha paz e amor é vascaíno. Ele confessou isso ontem no comício. E não foi vaiado pela turba rubro-negra que domina o meu Rio querido.


Fui de gente

Quantas vezes durante a campanha senti vontade de tirar a capa de repórter para vestir meu uniforme de gente...
Ontem, não fui escalada para cobrir o comício do Lula. Mas fui à enseada de Botafogo, com estrelinha no peito e tudo. Soltei a voz no 'Lula lá, brilha uma estrela'. Sambei ao som de 'o povo do Rio acredita, vota Lula e Benedita'. Muito bom!!!
Já tinha ido cobrir um comício do Lula em Bangu, mas tive que me conter. Só os pêlos eriçados denunciavam minha emoção. Vá lá, os meus olhinhos brilhavam. Difícil esconder a emoção, né? Os jornalistas de O Globo que o digam. Lulinha foi ovacionado no auditório do jornal. Teve gente com a mão inchada de tanto bater palma.

quarta-feira, setembro 25, 2002


"Eu adoro ser uma Lamego"

(ê). [Do top. lus. Lamego, poss.]
S. m. Bras. SP
1. Pãozinho coberto com creme de ovos.



Ninguém tem o sobrenome Lamego impunemente.


A redação em crônica de Nelson Rodrigues

"Vocês, que não conhecem os subterrâneos de jornal, não imaginam como uma redação é povoada de seres misteriosíssimos. Procurem visualizar uma paisagem subterrânea. Há peixes azuis, escamas cintilantes, águas jamais sonhadas. De vez em quando, sai de uma caverna um monstro de movimentos lerdos, pacientes etc. E passa um peixe sem olhos, que emana uma luz própria.
Eis o que eu queria dizer: _ quando entrei, pela primeira vez, numa redação, acabava de fazer dez anos. Com a trágica inocência das calças curtas, tive a sensação de que entrava numa outra realidade. As pessoas, as mesas, as cadeiras e até as palavras tinham um halo intenso e lívido. Era, sim, uma paisagem tão fascinante e espectral como se redatores, mesas, cadeiras e contínuos fossem também submarinos.
Com o tempo, houve uma progressiva acomodação óptica entre mim e os vários jornais onde trabalhei. E as coisas passaram a ter a luz exata. Sempre restou em mim, porém, um mínimo do deslumbramento inicial. Até hoje, os seres da redação ainda me parecem de um certo dramatismo e têm não sei que toque alucinatório. Estou pensando em Gide e no seu gemido adolescente: _ "Eu não sou como os outros! Eu não sou como os outros!". Nós, de jornal, também estamos meio-tom acima da rígida normalidade. "

segunda-feira, setembro 23, 2002


O anjo pornográfico que me ouça e as feministas que me perdoem, mas tudo o que eu queria na vida era ter um homem que dissesse publicamente que o meu papel fundamental é o de dormir com ele.

domingo, setembro 22, 2002


Aliás...

A Gislaine é tão minha amiga que teve a sensibilidade de marcar sua viagem no mesmo dia e horário do da seleção MASCULINA de vôlei. Por instantes, esqueci que tinha ido ao Galeão para me despedir dela. Meu Deus, quem consegue ficar imune à visão de Maurício e Giovani? O que é o Maurício ao vivo e de perto? Um homem lindo, maravilhoso ("como você é alto!!!!!") e tudo de bom.
Não resisti àquela morenice e fui falar com ele. Ganhei dois beijos, um abraço e um aperto de mão (suspiros). Diálogo entre nós:
_ Sou sua fã desde o ouro nas Olimpíadas de 1992.
_ Caramba, pra você ver como estou velho. Estou por aqui até hoje.
_ Tem que estar mesmo. Você ainda é o melhor levantador do Brasil.


Sábado triste

Gislaine foi-se embora para uma cidadezinha perto de Frankfurt. Volta em dezembro, só para as festas de fim de ano. Vai deixar saudades. Perdi minha companheira de Feira Hype, de profiteroles na Argumento, de salão, de compras no shopping, de telefonemas no sábado, de confidências as mais íntimas. Minha melhor amiga, nesses tempos em que é cada vez mais difícil chamar alguém de.