Lameblogadas

sexta-feira, janeiro 17, 2003


O samba é minha alegria

A sorrir, eu pretendo levar a vida...
Depois de uma semana de trabalho terrível, finalmente eu acordei com bom humor.
Para ajudar, o sol brilhou de manhã cedo e o motorista me deixou bem em frente à Marquês de Sapucaí.
Andei leve até o jornal, imaginando quantos momentos gloriosos se passaram ali. Lembrei-me do ano em que desfilei, e a Porto da Pedra ficou em quinto lugar, no mesmo ano em que a Viradouro foi campeã. Em quantos desfiles da Portela meu coração se emocionou ao contemplar o azul e branco, cores prediletas desde sempre. No ano em que Chico Buarque desfilou de sorriso aberto, eu na Bahia assistindo ao espetáculo verde, rosa e azul (dos olhos dele) na TV da pousada.
E vim caminhando até o jornal, cantarolando:

A minha alegria atravessou o mar
E ancorou na passarela
Fez um desembarque fascinante
No maior show da terra
Será que eu serei o dono dessa festa
Um rei
No meio de uma gente tão modesta
Eu vim descendo a serra
Cheio de euforia para desfilar
O mundo inteiro espera
Hoje é dia do riso chorar
Levei o meu samba pra mãe de santo rezar
Contra o mal olhado eu carrego meu patuá
Eu levei!
Acredito
Acredito ser o mais valente nessa luta do rochedo com o mar
E com o ar!
É hoje o dia da alegria
E a tristeza, nem pode pensar em chegar
Diga espelho meu!
Diga espelho meu
Se há na avenida alguém mais feliz que eu
Diga espelho meu
Se há na avenida alguém mais feliz que eu


Os créditos

A vida tem dessas coisas engraçadas. Nunca admiti sair do cinema antes de ver subirem os créditos dos filmes.
Na minha fase mais cinematográfica, Armando era obrigado a freqüentar as salas do Rio sem o menor interesse pelo que ia nas telas. Mal acabava o filme, invariavelmente ele se levantava para ir embora, eu o puxava para ver os créditos. Era sempre uma crise.
Semana passada, fui ao cinema sozinha (melhor coisa da vida) ver Separações. Quando já subia as escadas para sair da sala, lembrei-me que não tinha visto os créditos.
Só então me dei conta de que o que eu queria mesmo, desde sempre, era apenas irritá-lo.

terça-feira, janeiro 14, 2003


Por amor

Como explicar minha disposição para cair no samba da Lapa e a falta dela para subir o costão de Itacoatiara?
Armando bem sabe que eu tentei, mas não consegui superar minha dificuldade eterna com escaladas. Definitivamente, não tenho bom relacionamento com a natureza. A caminhada até o Bananal foi boa, o sol abriu, o mar é lindo, mas o meu corpo está cheio de picadas de mosquito. Acho que não vou repetir a dose tão cedo.


Dias difíceis, pero no mucho

Tenho absoluta certeza da minha escolha profissional, mas estou muito triste ultimamente com ela.
As regras de convivência numa redação são difíceis. O trabalho é árduo, cansativo e... não, não vou ficar reclamando.
Tenho uma boa notícia: vou realizar o sonho de entrar de novo na Sapucaí, desta vez como repórter. Estou feliz da vida!!!