Lameblogadas

sexta-feira, outubro 24, 2003

Sem atualizações

O fechamento terminou agora. Espero um fim de semana com sol.
Recado para os amigos blogueiros: estarei off-line na segunda. Não poderei almoçar na quarta. Será que poderiam antecipar para terça ou adiar para quarta?

quinta-feira, outubro 23, 2003

Ele voltou!!



O clássico dos meus recreios no colégio está de volta. Outro dia, eu o vi numa prateleira mas não levei muito fé, achei que era miragem. Dias depois perdi o ônibus para comprar um na Central do Brasil.
Será que o Mirabel um dia ainda volta?



Preciso admitir que adorava entrevistar o Ciro Gomes e ouvir suas respostas ríspidas em sotaque cearense. Como disse a Patrícia Pilar, o seu marido é um "rústico". Por isso, achei muito graça do seguinte diálogo, roubado do blog do meu amigo Ricardo.

"Ligo para o Ministério da Integração Nacional e quem atende é o próprio ministro.

Voz de quem está bastante irritado, como alguém que sai correndo do chuveiro com a toalha enrolada na cintura e pingos por todo o carpete por causa do maldito trimmmm na sala.

— Pronto.
— Alô, Ciro? Aqui é o Ricardo, da Folha. Tudo bem?
— Não, não está nada bem, Ricardo da Folha. Nada bem!
— Como?
— A grande imprensa paulista é paroquial, provinciana, desequilibrada e mentirosa!"

Ele é bonito ou não é?

O talento não se discute. A beleza, no entanto... O Pedro cismou que o Chico não é bonito, apenas charmoso. Discordo: ele continua lindo mesmo com o passar dos anos...

Senão, vejam:



Adoro os meus dias de "esposa". Uma canção do Chico para evidenciar minha felicidade em dividir a vida com alguém que eu amo muito.

"Cotidiano"

Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã

Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher
Diz que está me esperando pro jantar
E me beija com a boca de café

Todo dia eu só penso em poder parar
Meio dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão

Seis da tarde como era de se esperar
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão

Toda noite ela diz pra eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pra eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor

quarta-feira, outubro 22, 2003

Mais Vinícius

Depois do momento infantil, Cristina Buarque cantou uma das mais belas músicas da noite, a que Vinícius escreveu depois da morte do pai de Baden. Meu coração doeu de pensar no meu avô Caio, que se foi quando eu só tinha cinco anos, e por quem eu chorava de saudade em todos os Natais...

Velho Amigo
Baden e Vinícius

Nesse dia de Natal
Em que já não estás comigo
Ah, deixa-me chorar ao relembrar a valsa
De um Natal antigo
Ao chegar a velha hora
Eu te lembro velho amigo
Entrar bem devagar, me beijar
E ir chorando embora

Meu velho amigo
Porque foste embora
Desde que tu partiste o meu Natal é triste
Triste e sem aurora
Se o céu existe, se estás lá agora
Lembra bem lá do céu
Que existe um menino sem Papai Noel



A Arca de Noé foi um dos discos que mais marcaram a minha vida. Eu e meu irmão brigamos muito por causa dele. Eu era menorzinha (Caio é cinco anos mais velho) e o disco tinha sido presente para mim. Ele queria porque queria recortar e colar o encarte sozinho. Eu não só não deixava como também não o fazia. Tinha medo de machucar os bichinhos, se não recortasse direito...
Eu dancei no colégio a música das Abelhas, chorava sempre quando ouvia a da corujinha e morria de pena da foca brasileira...
Outro dia, comprei o CD e ouvi dias e dias seguidos. Dei um de presente pro meu sobrinho, que adorava quando eu cantava a música da pulguinha ("Um, dois, três/
Quatro, cinco,seis/Com mais um pulinho/Estou na perna do freguês") e beliscava a perninha dele.
Ontem, meu amorzinho e o Alfredão surpreenderam a platéia do CCC quando entoaram a musiquinha do relógio. Com um arranjo lindinho do Paulo Aragão, a música foi o pedido do bis da galera que já passou dos trinta, mas tem o coração lá nos oitenta... Pena que a versão erótica da Cristina Buarque para "O pato" foi cantada só no final da festa!!!


O Relógio
Passa, tempo
Tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda alegria
de fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Dia e noite
Noite e dia



domingo, outubro 19, 2003



A primeira música que ouvi hoje de manhã, ao vir para o jornal, foi "Tarde em Itapoã", de Vinícius e Toquinho. Ela é dessas canções que me traz bons fluidos, de um tempo feliz e sem compromisso da adolescência.
Hoje o Poetinha faria 90 anos se estivesse entre nós. Por falar nele, meu amor vai cantá-lo na próxima terça-feira no CCC. Minha mesa já está reservada.

Tarde em Itapoã

Um velho calção de banho, um dia pra vadiar
Um mar que não tem tamanho, e um arco-íris no ar
Depois, na praça Caymmi, sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime, beber uma água de côco

É bom passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvindo o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvindo o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã

Enquanto o mar inaugura, um verde novinho em folha
Argumentar com doçura, com uma cachaça de rolha
E com olhar esquecido, no encontro de céu e mar
Bem devagar ir sentindo, a terra toda a rodar

É bom passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvindo o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvindo o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã

Depois sentir o arrepio, do vento que a noite traz
E o diz-que-diz-que macio, que brota dos coqueirais
E nos espaços serenos, sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços morenos, da lua de Itapoã

É bom passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvindo o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvindo o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã