Lameblogadas

quinta-feira, setembro 02, 2004



Enquanto meu amorzinho voa para Salvador, eu fico aqui ouvindo Caymmi e sonhando em voltar àquela terra amada. Com ele.

Você já foi à Bahia?

Você já foi à Bahia, nêga?
Não?
Então vá!
Quem vai ao "Bonfim", minha nêga,
Nunca mais quer voltar.

Muita sorte teve,
Muita sorte tem,
Muita sorte terá
Você já foi à Bahia, nêga?
Não?
Então vá!

Lá tem vatapá
Então vá!
Lá tem caruru,
Então vá!
Lá tem munguzá,
Então vá!
Se "quiser sambar"
Então vá!

Nas sacadas dos sobrados
Da velha São Salvador
Há lembranças de donzelas,
Do tempo do Imperador.
Tudo, tudo na Bahia
Faz a gente querer bem
A Bahia tem um jeito,
que nenhuma terra tem



Corujice sem fim...

João Gabriel, no seu quarto, com parte da coleção de carrinhos que ele leva pra frente da TV em dias de corrida.

Ele parece comigo, não?



Meu campeão!!!

João Gabriel, meu sobrinho apaixonado por Fórmula-1 (como a titia), ganhou de presente anteontem um "macacão de cohida". Ele queria mesmo um amarelo, mas se rendeu rapidamente à cor da vitória. "Tô igual Shumaque, titia". Não é uma coisa linda???

quarta-feira, setembro 01, 2004



E a história se repetiu...

30 de agosto de 2002. Escalada para cobrir o showmício de Zezé di Camargo e Luciano para o candidato do PT à presidência, voltei de Bangu impressionada com a emoção dos militantes do partido. Lula tinha chances reais, pela primeira vez, de ganhar a eleição, depois de três derrotas consecutivas. Quando subiu ao palco, vários choravam. A platéia, alheia à História, queria era se divertir com o show da dupla sertaneja. Post da época:

Bangu, showmício do Lula. No palco, Zezé di Camargo e Luciano pedia (no singular porque só um dos dois falava, mas não se escreve o nome de um sem o outro) votos para Lula;
"Quem aqui vai votar pela primeira vez? Aproveitem então para votar nesse homem, ele tem condições de mudar o Brasil. Nunca votei no Lula, mas agora estou aqui como artista pedindo voto para ele porque acredito que nós, formadores de opinião (meu Deus!!), temos a obrigação de conscientizar o povo. Sei que vocês estão aqui para se divertir, mas não me sinto nem um pouco constrangido em falar de política durante o nosso show..."

Reação da platéia: "lindo, tesão, bonito e gostosão"


Corte para 2004

Domingo, 29 de agosto. Bangu, showmício do Zezé di Camargo e Luciano para o candidato do PT à prefeitura. Ao contrário de 2002, dois anos depois a produção da dupla não deixa a imprensa chegar perto deles. Depois das denúncias sobre a compra de ingressos pelo Banco do Brasil para um dos shows gratuitos que os sertanejos fizeram em Brasília - a renda seria destinada à aquisição da sede do PT em São Paulo -, eles não falam mais com jornalistas. Não querem se explicar sobre o paralelo pedido de patrocínio ao BB para shows dele. Seguranças truculentos impedem até a entrada de assessores do PT ao camarim.
O clima era bem diferente do de 2002. Candidatos a vereador, bem numerosos, levaram a família para curtir a festa. Uma candidata do PT me pediu, gritando, que eu conseguisse um autógrafo da dupla para ela. O PT no governo mudou completamente o perfil dos militantes. Entre os poucos 'autênticos', muitos pagos.
Jorge Bittar chega, não anima ninguém. Vai para o palanque, bandeiras agitadas pela nova militância. O público, separado da militância por uma grade de proteção, estava impaciente. Uma menina de 10 anos, ao meu lado, perguntava: "vai demorar muito para isso acabar?"
"Isso" era o interminável discurso dos candidatos. Mas o público finalmente se agita. A senha para a animação foi a última fala do Bittar: "Já falei demais".

segunda-feira, agosto 30, 2004



A vitória sobre a Itália teve um gostinho especial ontem. O último ponto veio num erro de Sartoretti, o melhor da seleção italiana. O que me fez lembrar de um certo Roberto Baggio...

Para comemorar, vou comer uma bela de uma pizza napolitana hoje!!!



Em setembro de 2002, há dois anos, reencontrei um ídolo*. Dez anos depois da conquista que fez nascer uma nova geração de amantes do vôlei, lá estava eu, frente a frente com ele, no aeroporto do Galeão. Diálogo, em 2002:

_ Sou sua fã desde o ouro nas Olimpíadas.
_ Caramba, pra você ver como estou velho. Estou por aqui até hoje.
_ Tem que estar mesmo. Você ainda é o melhor levantador do Brasil.


Ontem, essas memórias vieram à tona, com a conquista do bicampeonato olímpico. Ver a nova geração, com Ricardinho imbatível na posição que fora de Maurício, Gustavo acertando todas as bolas de meio, Giba cravando as dele no chão italiano, etc, foi emoção só comparável aos domingos de Fórmula-1 em família. Felicidade total!

*O primeiro encontro foi em 1992, num jogo no Maracanãzinho, quando, da janela do ônibus da Seleção, ele acenou com as mãos e me mandou um beijo (tudo bem, eu era adolescente nessa época).