Lameblogadas

terça-feira, janeiro 16, 2007




"A Grande Ilusão é a história de pessoas, como eu e você, capturadas por esta horrível tragédia chamada guerra, mas também é a história das relações humanas, e esta questão é tão importante que, se não for resolvida, podemos dizer adeus ao nosso mundo maravilhoso." (Jean Renoir)

segunda-feira, janeiro 15, 2007

O show

Acho que Chico Buarque se inspirou nos olhares e sorrisos das moças em seus shows para escrever o verso "frouxa de rir". É exatamente assim que ficamos durante as horas mágicas em que somos espectadoras privilegiadas de sua arte no palco.

Assim que ele entra, eu me pergunto, soluçando: "estou aqui mesmo, é Ele ali na frente?". Na segunda música, já me acostumei, é verdade, vou começando a curtir. Cantando junto, descobrindo um novo modo de ouvir aquela música do disco que eu não apreciava, lembrando aonde eu estava quando ouvi tal canção pela primeira vez, me contorcendo embaixo da mesa com os clássicos mais emocionantes, segurando o peito para o coração não pular, balançando as pernas para acompanhar o ritmo, torcendo para o tempo não passar depressa demais, correndo para a frente do palco na hora do bis, cantando junto com o público, com os braços para cima, me encantando com os olhos cor de Céu mais bonitos desse mundo, que, de perto, são duas bolotas azuis enormes, chorando mais uma vez com o "Agora eu era herói", gritando "Chico, obrigada", "Chico, eu te amo", "Chico, você é lindo" e me despedindo do mundo da fantasia com êxtase.

Hora do camarim, para o pouco de decepção, porque ídolo também é gente. Ele não recebe as fãs (será por medo de histeria, desmaios, agarrões, tapas e beijos?), fala pouco, é frio, banca o trabalhador, querendo deixar logo o batente. Não importa. O autógrafo é igualzinho ao anterior. "Para Cláudia, com um abraço, Chico Buarque."

Da outra vez, perdi a voz. Desta, os movimentos. Perdi a chance de abraçar meu único mito vivo.

A música

Porque Era Ela, Porque Era Eu

Eu não sabia explicar nós dois
Ela mais eu, por que eu e ela
Não conhecia poemas
Nem muitas palavras belas
Mas ela foi me levando
Pela mão

Íamos tontos os dois assim ao léu
Ríamos, chorávamos sem razão
Hoje, lembrando-me dela
Me vendo nos olhos dela
Sei que o que tinha de ser se deu
Porque era ela
Porque era eu

A foto?

Não consigo baixar. Fica para a próxima.