Lameblogadas

sábado, novembro 15, 2003



Nas últimas duas semanas, minha vida virou um quadro de Miró.
Andei meio desligada de compromissos. Fingi que esqueci a injeção que precisava tomar há dez dias, meu cartão do banco quebrou há uma semana e ainda não pedi outro, perdi o crachá do jornal em Campo Grande, vim trabalhar sem a carteira, fiquei com preguiça de pôr o casaco na bolsa para me prevenir do frio. Enfim, estou mais ou menos como na música:

Timoneiro
(Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho)

Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
É ele quem me navega
Como nem fosse levar
É ele quem me navega
Como nem fosse levar

E quanto mais remo mais rezo
Pra nunca mais se acabar
Essa viagem que faz
O mar em torno do mar
Meu velho um dia falou
Com seu jeito de avisar:
- Olha, o mar não tem cabelos
Que a gente possa agarrar

Timoneiro nunca fui
Que eu não sou de velejar
O leme da minha vida
Deus é quem faz governar
E quando alguém me pergunta
Como se faz pra nadar
Explico que eu não navego
Quem me navega é o mar

A rede do meu destino
Parece a de um pescador
Quando retorna vazia
Vem carregada de dor
Vivo num redemoinho
Deus bem sabe o que ele faz
A onda que me carrega
Ela mesma é quem me traz

sexta-feira, novembro 14, 2003



Casa da vovó Gylce (já é minha também, né?)

A casa da vovó Gylce é uma alegria só. Todo mundo fala ao mesmo tempo sobre assuntos diversos, sempre interessantes. No meio da noite, ela se senta ao piano. Toca clássicos para o genro escritor, sambinhas para o neto cantor e bossas novas para os filhos. A certa altura, depois do jantarzinho delicioso da tia Helena, todos se reúnem em volta do piano. Cantam, sorriem e ensaiam passos. É uma linda família!

Melhor momento da noite: Vovó Gylce ao piano, com o Pedro cantando a música aí embaixo pra mim. Esse menino um dia ainda me mata de emoção...

Eu Não Existo Sem Você
(Tom Jobim e Vinícius de Moraes)

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você

Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você

segunda-feira, novembro 10, 2003

Saideira

Hoje tem o último Lembranças Cariocas no Rival. Imperdível!!!